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Se Lula não é antissemita, então o que é?

Se Lula não é antissemita, então o que é?

Se uma pessoa, principalmente se ocupar um cargo público, fala sobre os judeus como um nazista, pensa a seu respeito como um nazista e exibe, em relação a eles, o mesmo rancor nazista, é normal que ocorra uma pergunta imediata: essa pessoa não é, ela própria, um nazista? É a questão que ocorre no momento sobre o presidente Lula e o fato dele ser ou não antissemita. Há quase dois anos, desde que terroristas “palestinos” assassinaram selvagemente 1.200 civis israelenses, inclusive crianças e bebês de colo, Lula não parou de hostilizar deliberadamente o Estado de Israel e o povo judeu. Se voltou sua ira contra os israelenses quando foram eles os agredidos, imagine-se a fúria guerreira de agora, quando é Israel quem ataca, ao lado dos Estados Unidos, as centrais nucleares com que o Irã promete varrer os judeus da face da Terra.

O presidente, sem a menor atenção ao que o povo brasileiro pode pensar sobre uma situação em que um país ameaça publicamente outro, ainda mais sendo o ameaçado um velho amigo do Brasil, jogou-se automaticamente a favor do Irã. Não teve uma palavra de cautela, ou um gesto conciliador, ou a mínima consideração com os judeus brasileiros; sequer tentou fingir uma dose módica de neutralidade. Lula saiu direto gritando “viva o Irã”, como se fosse um aiatolá antissemita ele mesmo. Na verdade, tirando os mais fanáticos, fez questão de se mostrar ao mundo como o maior aliado da ditadura iraniana.

"O ódio de Lula a Israel não é uma opção política – parte do seu delírio sobre o “Sul Global”, suas ideias de voltar ao tempo da colônia com a China no lugar de Portugal e sua cegueira anticapitalista. É tudo isso, claro, mas é sobretudo a tara antissemita que faz nazismo e esquerdismo se parecerem tanto"

Eis aí o Brasil, mais uma vez, jogado por Lula para o submundo das nações bandidas – onde se compraz em fazer companhia a ditaduras chefiadas por gângsteres, países terroristas e regimes fora da lei, como o Irã. Nem uma democracia, uma sequer que seja, ficou ao lado dos aiatolás contra Israel. Todas fecharam com Israel, com o apoio armado dos Estados Unidos e com a justiça fundamental da causa em que uma nação com 10 milhões de habitantes levanta-se em defesa do seu direito a continuar viva – viva fisicamente, apenas isso.

Lula, os extremistas que rodam em volta dele e uma mídia cada vez mais intransigente na sua militância antissemita em favor das ditaduras acusam Israel de ser o “agressor” na presente guerra contra o Irã. “Agressor”? Como assim? Há mais de 40 anos o Irã diz que vai eliminar o Estado de Israel como “um câncer”. Diz que vai abrir “as portas do inferno” para os judeus. Não tem nenhuma proposta no conflito que não seja a liquidação de Israel. Exibe, na frente do mundo inteiro, programas de desenvolvimento que levam à bomba atômica. Recusa-se a qualquer tipo de fiscalização internacional séria. É esse o país que Lula declara como o “agredido”.

O ódio de Lula a Israel não é uma opção política – parte do seu delírio sobre o “Sul Global”, suas ideias de voltar ao tempo da colônia com a China no lugar de Portugal e sua cegueira anticapitalista. É tudo isso, claro, mas é sobretudo a tara antissemita que faz nazismo e esquerdismo se parecerem tanto. Lula, como todo o “socialista-comunista”, tem o vírus do antissemitismo irremediavelmente incubado dentro de si. Nesses últimos anos, virou pandemia: com o pretexto de estarem combatendo o “sionismo” e o “Estado de Israel”, saíram do armário e se comportam, a cada dia, de forma mais parecida com os nazistas da Alemanha de Hitler.

É impossível, obviamente, ser contra o “sionismo” sem ser contra os judeus, e os novos antissemitas sabem muitíssimo bem disso; apenas se valem de jogos de vocabulário para esconderem o que realmente são. Sionismo nada mais é do que a defesa da ideia de que os judeus têm direito a um Estado nacional independente, como qualquer outro povo do mundo – sobretudo quando esse Estado, como é o caso de Israel, ocupa o território geográfico que os judeus vêm ocupando continuamente há mais de 3.000 anos. Lula, na verdade, nem se preocupa, ou tem conhecimento, dessas realidades. A única coisa que o interessa é pular na turba do linchamento.

Depois do ataque terrorista contra Israel, e ainda em pleno horror da barbaridade que tinha sido cometida, Lula saiu de imediato em defesa dos assassinos. Seu chanceler de fato disse, e Lula não contestou, que Israel estava tendo de pagar pelas “consequências de seus atos”. Assim que começou a reação militar de Israel contra a chacina, Lula já saiu dizendo que era “genocídio”. Largou à própria sorte os brasileiros que foram sequestrados pelo Hamas; um deles, segundo nota do Itamaraty, “faleceu”. Seu crime: eram judeus. Acusou Israel, depois, de repetir em Gaza o “holocausto” sofrido pelo povo judeu na Alemanha nazista. Pouco antes do bombardeio das instalações nucleares do Irã, disse que a memória do Holocausto é “mimimi” e que os judeus não podem mais se “vitimizar”.

Se isso não é antissemitismo, então o que é? A responsabilidade por isso é de Lula; não dá, mais uma vez, para relevar as indecências que ele faz com a desculpa de sua ignorância e de seus “deslizes verbais”. Lula é, sim, antissemita, o seu governo é antissemita, e isso é crime previsto na lei brasileira. Tanto quanto isso, o Brasil tem um presidente que apoia, oficialmente, uma das ditaduras mais abjetas do mundo – esse Irã que açoita mulheres por não usarem véu, executa gays em praça pública e tortura abertamente presos políticos. Para ele, tudo isso são detalhes cuja divulgação só serve “à direita” e não pode atrapalhar a luta maior contra o imperialismo americano. É a marcha para o desastre.


J.R. Guzzo -  (Foto: reprodução/Youtube Canal Gov) – Gazeta do Povo


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