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“Fora, Moraes” ganha força inédita em novas manifestações pró-Bolsonaro

“Fora, Moraes” ganha força inédita em novas manifestações pró-Bolsonaro

As manifestações de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro e contra o governo Lula e os abusos do Judiciário deste domingo (20), realizadas em várias cidades do país, marcaram um novo momento na mobilização da direita brasileira, com o grito de "fora, Moraes" ganhando protagonismo inédito.


As críticas ao presidente Lula estiveram presentes em todas as manifestações, mas Moraes ganhou um foco que não se via com tanta força em protestos anteriores. Em vez de menções pontuais, houve faixas, cartazes, camisetas e gritos constantes direcionados contra o ministro.


As manifestações ocorreram dias depois de sanções aplicadas ao Brasil e a autoridades brasileiras pelos Estados Unidos, e das medidas cautelares impostas contra Bolsonaro por Moraes.


A principal manifestação deste domingo (20) foi realizada em Brasília. Em discurso divulgado nas redes, a deputada Bia Kicis (PL-DF) afirmou: “Nós sabemos que estamos vivendo um momento de extrema dificuldade e que, daqui para frente, ou a gente consegue mudar o que está acontecendo, lutar pela liberdade, ou o nosso caminho é virar a Venezuela". Enquanto a deputada discursava, manifestantes interromperam com gritos de "Moraes na cadeia".


Uma faixa exibida por manifestantes na capital federal apontava diretamente o ministro do STF como "violador de direitos humanos", com a exigência de que ele "liberte os presos políticos do Brasil", em referência aos detidos nos inquéritos do 8 de janeiro.


A manifestação de Brasília começou por volta das 9h e também teve participação da senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que afirmou em discurso: "Nós estamos virando o jogo. O Brasil é nosso. Não à ditadura!".


Bandeiras do Brasil, dos Estados Unidos, de Israel e do Brasil Império foram vistas entre os participantes, que também entoaram gritos de apoio aos atos do presidente americano Donald Trump e a frase “meu visto jamais será cassado", em alusão à revogação de vistos de ministros do STF por ordem do governo americano.


Em Belo Horizonte, o advogado Marco Antônio Costa, fundador do canal do YouTube Fio Diário, discursou para uma multidão na Praça da Liberdade: "Para chegar à liberdade que a gente almeja, a gente precisa punir bandido, vagabundo, criminoso que está no Supremo, que está na PGR. A questão agora é: a gente consegue entrar no consenso de que o Alexandre de Moraes cometeu crimes em série lá no posto dele? É um consenso? Então, agora, cada um aqui desta praça tem uma missão: persuadir mais mil pessoas disso. Porque a gente não pode viver nesse marasmo maldito, nessa inércia absurda."


Outras cidades também registraram atos, como São Paulo, Curitiba, Salvador, Vila Velha (ES) e Rio de Janeiro. Em todas, os pedidos de impeachment de Alexandre de Moraes e do presidente Lula foram a tônica.


Manifestações ocorrem logo após sequência de eventos inéditos na política externa brasileira


A adesão popular veio em resposta a uma sequência de acontecimentos envolvendo Bolsonaro, STF e os Estados Unidos nos últimos dias.


Na sexta-feira (18), o ministro Alexandre de Moraes impôs a Jair Bolsonaro o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e proibição de contato com aliados, inclusive com seu filho Eduardo Bolsonaro, alegando que o ex-presidente teria colaborado para Eduardo convencer o presidente americano Donald Trump a sancionar o Brasil.


No mesmo dia, os Estados Unidos anunciaram a revogação do visto americano do ministro, das autoridades aliadas a ele, e de suas famílias. A decisão partiu do Departamento de Estado e foi divulgada por Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA.


Esta é a primeira vez na história que autoridades brasileiras são proibidas de entrar nos Estados Unidos.



Leonardo Desideri - (Foto: EFE/Andre Borges) - Gazeta do Povo


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