Ao CB.Poder — parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília, que vai ao ar diariamente às 13h20 — desta quarta-feira (16/07), o secretário de saúde, Juracy Cavalcante Lacerda, falou em primeira mão ao Correio sobre o programa "O câncer não espera. O GDF também não", criado pelo Governo do Distrito Federal para reduzir o tempo de espera nas filas oncológicas. Ele também ressaltou que, em pouco mais de uma semana da implementação, a fila foi reduzida de 900 para 650 pessoas que estavam esperando para atendimento oncológico. Às jornalistas Adriana Bernardes e Mila Ferreira, Lacerda também destacou a importância de campanhas de prevenção contra o câncer.
“Assim que assumi a secretaria, a minha principal responsabilidade era acabar com a fila de pacientes oncológicos, que chegava a 900 pessoas. Junto com a nossa equipe técnica, nos debruçamos e lançamos o programa “O câncer não espera e o GDF também não”, afirmou. Segundo o secretário, em pouco mais de uma semana, 23 pessoas já iniciaram o tratamento e outras 48 estão agendados para começá-lo. "A expectativa é muito grande de que em três meses nós tenhamos praticamente uma fila basal", complementou.
“Quando eu assumi, havia cerca de 900 pessoas na fila de espera, nessa época, o tempo médio de espera era de 74 dias até o atendimento”, destacou. O secretário ainda explicou que antes mesmo do programa, houve uma redução para 650 pacientes e um tempo médio de espera de 51 dias.
Um dos fatores primordiais para o sucesso do tratamento de câncer é o tempo que se leva até o começo do tratamento. Quanto mais cedo a doença é descoberta, maiores as chances de recuperação. Lacerda ressaltou que novas medidas foram tomadas para melhorar o prognóstico do paciente, reduzindo o tempo de espera para exames prioritários. “Quando o paciente tem o diagnóstico de câncer vai precisar de alguns exames durante a linha de cuidado, ou seja, uma tomografia, ou uma ressonância e colocamos tudo isso em um pacote de cuidados. Quando esses pacientes precisavam de algum exame desse tipo, caía em uma fila geral da tomografia, por exemplo. Fizemos toda uma linha de cuidado para que o paciente seja encaixado em uma linha exclusiva para os exames de câncer”, disse.
Atualmente, três hospitais do DF fazem tratamento de pacientes oncológicos: Hospital de Base, Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e Hospital Universitário de Brasília. O secretário observou que um estudo realizado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) projetou seis mil novos casos de câncer no Distrito Federal, de 2023 a 2025. Ele ainda comentou sobre os tipos de câncer que mais atingem a população do DF. “Na população masculina, o tipo mais comum é o câncer de próstata, seguido pelo câncer colorretal e pelo de pulmão. Na população feminina, o primeiro colocado é o câncer de mama, seguido também pelo câncer colorretal e, por fim, o câncer de colo de útero”, detalhou.
Sobre o atendimento primário — referente a prevenção e informações para a população —, Lacerda adiantou que o programa também irá trabalhar nessa vertente. "A importância da promoção de informações sobre o diagnóstico, a procura por fatores de risco e a busca por atendimento é fundamental para aumentar as chances de tratamento", ressaltou. (Assista à entrevista completa —- (Video )