Nos últimos anos, duas expressões têm sido repetidas
quase como mantras pela mídia, por organismos internacionais e por lideranças
políticas: “discurso de ódio” e “fake news”. Em tese, ambas guardam sentido
nobre: evitar que a violência verbal se torne ação concreta e impedir que
mentiras deliberadas comprometam a saúde pública, a política e a confiança
social. Mas, no terreno da política, sobretudo dentro do que se convencionou
chamar de nova ordem mundial e de globalismo, esses conceitos deixaram de ser simples
categorias éticas ou jornalísticas para se tornarem instrumentos de poder.
De maneira cada vez mais evidente, o que se vê é o uso
desses rótulos como mecanismos de censura seletiva. Enquanto qualquer opinião
divergente do consenso progressista pode ser tachada de discurso de ódio,
agressões físicas e tentativas de assassinato contra líderes de direita não
recebem o mesmo enquadramento moral.
O atentado contra Jair Bolsonaro em 2018, por exemplo,
não foi amplamente narrado como fruto de uma cultura de ódio político, mas como
episódio isolado. Já as críticas duras a figuras ou agendas progressistas,
mesmo quando se tratam de argumentos fundamentados, são rapidamente
classificadas como intolerância ou desinformação. Essa assimetria não é
acidental. Trata-se de uma estratégia calculada de controle narrativo. O
globalismo, mais do que um fenômeno econômico, é um projeto cultural e político
que busca uniformizar padrões de pensamento, relativizando tradições nacionais
e impondo parâmetros ideológicos.
Para isso, precisa reduzir ao silêncio as vozes que se
opõem a esse processo, e nada mais eficiente do que aplicar rótulos morais
contra quem questiona. É nesse ponto que a frase de Olavo de Carvalho ganha
caráter profético: “A esquerda move contra a direita uma crescente e bilionária
guerra de extinção enquanto a direita não lhe opõe senão uma polida
concorrência democrática. É uma luta de assassinos contra idiotas”.
O que Olavo denunciava não era apenas uma desproporção
de forças, mas uma diferença de estratégia. A esquerda global, com acesso a
fundos bilionários de fundações, organismos internacionais e governos
simpáticos à sua agenda, transformou o combate ideológico em uma verdadeira
guerra de eliminação. Já a direita, presa ao ideal da concorrência dentro das
regras democráticas, não percebeu que as regras do jogo haviam mudado. O
resultado é um embate desigual, onde de um lado se utilizam todos os
recursos — censura, cancelamento, perseguição judicial, ataques midiáticos e
até violência física, e do outro, predominam respostas tímidas, “polidas”,
ancoradas numa fé excessiva na institucionalidade..
É claro que a democracia não pode se converter em
guerra aberta, mas ignorar que a disputa política assume contornos de guerra
assimétrica é fechar os olhos para a realidade. Quando a censura se torna
rotina, quando líderes conservadores sofrem atentados e quando cidadãos comuns
têm medo de expressar opiniões por receio de sanções, não se trata mais de uma
competição democrática: trata-se de uma luta pela sobrevivência política e
cultural.
O uso das categorias “discurso de ódio” e “fake news”
pela nova ordem mundial revela exatamente isso: uma arma semântica com poder de
deslegitimar adversários, antes mesmo que possam apresentar seus argumentos.
Trata-se de um processo de sufocamento lento, mas calculado, que vai desde a
exclusão digital até a exclusão física. Nesse contexto, a advertência de
Olavo ecoa com força redobrada: ou a direita entende que está diante de uma
guerra de extinção ainda que travada sob formas disfarçadas—, ou continuará a
desempenhar o papel de “idiota útil”, incapaz de perceber que, enquanto
acredita disputar eleições, seu adversário disputa o próprio direito de sua
existência.
O desafio está lançado: a direita precisa decidir se
continuará a agir como concorrente em um jogo democrático que não existe ou se
assumirá a gravidade da guerra que lhe foi imposta. O futuro da liberdade de
expressão, da pluralidade política e das nações que resistem ao globalismo depende dessa escolha. O assassinato
cometido, agora, contra o líder da direita americano Charlie Kirk, mostra que
não se pode mais tratar com luvas de pelica aqueles que só conhecem o uso de
luvas de boxes, reforçados com pregos. Há quem veja que pode, detrás desse
nevoeiro escuro, luzes e ventos vindas de longe, lá da região dos Himalaias,
ser capaz de inspirar aqueles que entendem de coisas como a liberdade.
Parabéns Jornalistas que admiro e amo!
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