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Entrevista: Ódio nas universidades; Kilter analisa violência na UFPR e assassinato de Charlie Kirk

Ódio nas universidades: Kilter analisa violência na UFPR e assassinato de Charlie Kirk

Em um episódio marcado por tensão, o vereador de Curitiba Guilherme Kilter (Novo-PR) e o advogado Jeffrey Chiquini foram hostilizados por um grupo de manifestantes na Universidade Federal do Paraná, na terça-feira (09). Ambos participariam de uma palestra sobre a atuação do Supremo Tribunal Federal, mas foram impedidos de chegar ao Salão Nobre por estudantes que já haviam ocupado o prédio histórico da instituição.

Segundo Kilter, ele e Chiquini foram alvo de empurrões e ameaças, chegando a ser escoltados até a sala dos professores para garantir sua segurança. A situação escalou a ponto de exigir a presença da Polícia Militar e do Batalhão de Choque, que intervieram para dispersar os manifestantes e liberar o local.

O vereador relata que, mesmo ao tentar deixar o prédio, continuou sendo seguido e hostilizado, saindo pelos fundos sob proteção policial. Para Kilter, parte dos envolvidos na manifestação não era composta por alunos da universidade, o que, segundo ele, torna o episódio ainda mais grave. Em nota, a UFPR disse que “os palestrantes forçaram sua presença em adentrar o espaço”, após o cancelamento do evento. A universidade também anunciou uma ofensiva contra a Polícia Militar. Confira a entrevista exclusiva de Kilter à coluna Entrelinhas:

Entrelinhas: A UFPR destacou que os senhores teriam “forçado a entrada” nos prédios públicos. Também acionou autoridades policiais, jurídicas e governamentais para apurar a ação da Polícia Militar. No entanto, se a PM não tivesse entrado na sede da universidade, a situação poderia ter sido pior? Kilter: Em tese, não teria problema nenhum a gente entrar em uma universidade pública e realizar um debate, uma palestra, em que a gente foi convidado pelos próprios estudantes e professores de Direito. O ambiente da universidade seria um ambiente de democracia, de debate livre de ideias, mas infelizmente não foi o que aconteceu. Os alunos não deixaram a palestra acontecer, a universidade não garantiu as condições mínimas de segurança, sabiam que eles estavam ameaçando a gente, que esses grupos fariam uma manifestação e um protesto contra nós, e agora estão criminalizando a Polícia Militar, sendo que a polícia nos resgatou. Eles ficaram meia hora negociando com os estudantes para liberarem a nossa saída, porque eles estavam fazendo a gente de refém, tinham nos sequestrado. Eu achei uma saída pelos fundos, eles abriram a porta e nos resgataram. Os policiais militares foram verdadeiros heróis, e não os inimigos como a universidade coloca.

Entrelinhas: Como o senhor relaciona esse episódio ao assassinato de Charles Kirk? Kilter: O episódio do Charlie é extremamente triste. Eu fiquei abatido o dia todo com isso, recebi inúmeras mensagens falando para me cuidar mais, que estão orando por mim, que poderia ter sido eu na universidade. E, de fato, a gente correu um sério risco porque essas pessoas são violentas, não são democráticas. São pessoas que preferem usar do ódio, preferem usar da agressão, que preferem usar do grito ao invés do argumento. Elas têm medo do argumento porque elas perdem no debate e na argumentação. E a morte do Charlie, infelizmente, demonstra isso. Ele foi um herói, morreu em uma universidade, debatendo, morto por alguém que discordava das suas ideias. E isso só me motivou mais a mudar as universidades no Brasil e retomar o controle delas, tirá-las da mão desses bandidos que sequestraram as universidades.

Entrelinhas: O que pode ser feito para “recuperar” as universidades? É um trabalho que só trará resultados a longo prazo? Kilter: É possível, sim, recuperar as universidades, mas é um trabalho que vai demorar décadas, assim como levou décadas para eles sequestrarem as universidades. Nós vamos precisar mobilizar conselhos estudantis, centros acadêmicos, diretórios estudantis, eleger alunos, fazer com que os alunos tenham coragem, porque uma pesquisa do Instituto Sivis aponta que quase metade dos estudantes universitários têm medo de opinar em sala de aula. Então, o primeiro passo é dar coragem para os alunos. É isso o que eu estou tentando fazer, indo à UFPR, dando a cara a tapa e manifestando contra esses abusos que a gente vem sofrendo, para que eles possam pelo menos ter coragem de começar a falar o que pensam. Não vai ser de um dia para o outro, vai demorar.

Entrelinhas: Após o assassinato de Kirk, universitários ameaçaram o deputado Nikolas Ferreira e até o ministro Fux. O que isso representa no atual contexto político? Kilter: As ameaças ao Nikolas, ao Fux, até a mim e ao advogado Jeffrey Chiquini mostram a verdadeira face da esquerda e das universidades. Hoje, elas estão tomadas por esse povo que não é só de esquerda, mas que é violento, que não é democrático e só sabe dialogar através da violência. É uma verdadeira revelação de como eles pensam, de como eles agem e o que eles de fato pretendem. Eles não querem um projeto de Brasil, eles não querem melhorar a vida da população, eles não querem ajudar o pobre, eles querem a morte dos seus inimigos, a completa destruição, a completa aniquilação de quem pensa diferente deles. E isso não é nada democrático. É contra esse tipo de monstro que a gente está lutando.

Entrelinhas: Nesta mesma semana, Bolsonaro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal. Qual é a sua opinião sobre esse julgamento em meio ao contexto político brasileiro? Kilter: Isso representa que a gente está vivendo uma ditadura do Supremo Tribunal Federal, principalmente na pessoa de Alexandre de Moraes, que coloca Jair Bolsonaro na cadeia por um golpe que nunca aconteceu, por um crime que ele nunca cometeu, por algo que ele nunca fez, enquanto os verdadeiros criminosos continuam soltos e até na presidência da República. Se houvesse justiça neste país, Bolsonaro estaria livre e solto na presidência e Lula poderia estar na cadeia, mas houve uma completa inversão de ordem e a lei se esvaziou. O povo perdeu o poder. Tudo se concentrou na STF. Agora a gente tem que tirar o Alexandre de Moraes de lá através do impeachment para fazer o Brasil voltar à normalidade.


Mariana Braga - (Foto: Reprodução/Instagram/Guilherme Kilter Oficial) – Gazeta do Povo



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