Em entrevista ao programa Sem Rodeios e à coluna Entrelinhas, da Gazeta do Povo, o deputado federal Mario Frias (PL-SP) comentou os julgamentos dos acusados pelos atos de 8 de janeiro, além de criticar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e ações do governo Lula. Frias também citou sua admiração pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, de quem foi Secretário Especial da Cultura, de 2020 a 2022.
8 de janeiro: “É uma página triste da nossa história”, disse Frias. “Pessoas honestas, sem passagem por crime algum, estão sendo tratadas como golpistas, com penas absurdas, apenas por terem participado de manifestações”, observou. Para o parlamentar, o que está em curso “não é justiça, mas vingança política”.
Frias opinou que os atos de vandalismo em Brasília não representam o movimento de oposição. “Esse tipo de manifestação nunca fez parte da direita. Pelo contrário, a imagem da senhorinha com a Bíblia na mão é muito mais verdadeira do que a de um golpe de Estado sem armas”, declarou. Segundo ele, “a maioria dos manifestantes foi enganada por um sistema que hoje usa a Justiça como instrumento de repressão”.
O deputado avaliou que o julgamento no STF “começou errado e está terminando pior do que a encomenda”. Para ele, “a forma como o direito está sendo aplicado no país é uma distorção que pode atingir qualquer cidadão”.
Críticas ao governo Lula: Frias também comentou a nomeação de Guilherme Boulos para o governo Lula, como Secretário-Geral da Presidência. “Um governo que acoberta escândalos de corrupção agora tem um invasor de terras como ministro. Talvez isso vire uma política pública no futuro: a invasão de propriedades privadas”, afirmou.
Na visão do parlamentar, o presidente Lula busca fortalecer a militância de esquerda e repetir estratégias políticas do passado. Ele disse que parte da população “ainda se informa pela grande mídia” e criticou o uso do termo “extrema-direita”. “Hoje chamam de extrema-direita as velhinhas orando na porta dos quartéis, enquanto a extrema-esquerda mata e destrói”, declarou.
O deputado afirmou não compreender o apoio de parte do eleitorado ao Partido dos Trabalhadores: “Quem tem mais de 30 anos e vota no PT, desculpa, não é cúmplice, é sócio.” Para Frias, o governo atual “vive de narrativas, cria impostos e ataca quem produz riqueza”.
Roubo dos aposentados e blindagem de governistas: Ele também comentou a CPMI do INSS e a retirada do nome de Frei Chico, irmão de Lula, das investigações. “É um tapa na cara da sociedade, avalizado pela grande mídia, que hoje é um braço do regime. Ninguém pode defender a blindagem de uma pessoa envolvida em irregularidades apenas por ser próxima do presidente”, disse. Segundo Frias, “se fosse o irmão de Bolsonaro, ele já estaria preso”.
“Desumanização da direita”: Frias afirmou que a direita tem sido alvo de rotulações e restrições. “A desumanização da direita é algo criminoso. Isso vai gerar violência, como vimos nos Estados Unidos, na tragédia de Charlie Kirk. A grande imprensa também tem responsabilidade nisso”, observou.
Relação com Bolsonaro: O deputado ainda falou sobre sua relação com Jair Bolsonaro. “O que o presidente Bolsonaro fez por mim, pela minha família e pela minha pátria, eu nunca vou esquecer. A minha fé, minha devoção e minha lealdade a ele são justas”, contou.
Parabéns Mariana Braga. Ótima reportagem.
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