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Vamos perder a guerra do trânsito?


Vamos perder a guerra do trânsito?

O balanço mais recente apresentado pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal revela queda nos crimes contra o patrimônio, de homicídios e de estupros. Os números ainda não refletem na sensação de segurança do cidadão, mas demonstram um avanço no combate à criminalidade na capital.

Entre os resultados apresentados, a má notícia vem do trânsito. O número de mortos nas vias do DF aumentou 79%, como o Correio havia antecipado em 19 de abril. O fechamento do trimestre ficou ainda mais alto do que se anunciava naquela data. O crescimento dos casos em relação ao mesmo período do ano passado são preocupantes por várias razões: o número de condutores não para de crescer. A população continua comprando veículos e, diariamente, novos condutores ganham as ruas.

E as variáveis vão além dessas. O projeto da reforma da Previdência, em tramitação no Congresso Nacional, fez parte dos servidores do Detran — e de outras repartições públicas e empresas privadas — antecipar o pedido de aposentadoria com o receio de perder direitos após a aprovação das mudanças. Com isso, houve redução significativa do quadro de trabalhadores da autarquia.

A quantidade de eventos na cidade em que os agentes de trânsito são convocados para atuar no controle do tráfego, aumentam a cada ano. Faz parte das atribuições fazer essa tarefa. Mas com isso, sobra menos gente para monitorar as vias, fazer blitz educativa e/ou punitiva.

Diante deste cenário e com o crescente número de acidentes fatais e de mortos nas vias em 2018, o governo precisa repensar as estratégias para salvar vidas no trânsito. Em ano eleitoral, a legislação prevê várias restrições ao agente público, como realização de concursos, nomeações, propagandas, entre outros.

E se não houver uma política contundente de combate a violência no trânsito, vamos retroceder e colocar em risco a possibilidade de o DF bater a meta da ONU de reduzir pela metade as mortes nas vias em uma década, período compreendido entre 2010 e 2020. É preciso atacar as causas sem mais demora.


Adriana Bernardes – Correio Braziliense – Foto: Maria Estela Kieling/Arquivo pessoal) - Blog - Google







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